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Alterações do Interstício

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A) Órgão: Fígado.

Processo patológico: Fibrose hepática - cirrose.

Descrição: Parte de fígado fixada em formaldeído 10%, com aspecto irregular tanto na superfície externa, quanto na superfície de corte. Na superfície externa, ao invés de ser lisa e homogênea, há saliências em forma de nódulos (seta), intercaladas com depressões ou sulcos de tamanhos variados (cabeça seta). Estas áreas nodulares mais salientes, correspondem ao parênquima hepático com hepatócitos viáveis hiperplasiados (aumentados em número) e as áreas deprimidas formando sulcos e fendas irregulares, correspondem as áreas de fibrose, ricas em colágeno, substituindo o parênquima hepático previamente lesado. Por este motivo, a consistência do órgão, como um todo, está aumentada.

B) Órgão: Fígado.

Processo patológico: Fibrose hepática periportal - esquistossomose.

Descrição: Fatia de fígado fixada em formaldeído 10%. Na superfície de corte, cada espaço porta está bem evidenciado devido a fibrose periportal (círculo), áreas irregulares mais pálidas, às vezes com aspecto de estrela em volta de vasos. Esta fibrose faz parte do processo inflamatório crônico granulomatoso devido aos ovos de Schistossoma mansoni encontrados nesta localização.

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C) Órgão: Aorta.

Processo patológico: Aterosclerose.

Descrição: Segmento de aorta torácica e abdominal fixada em formaldeído 10% com várias placas (depósito no interstício) características da aterosclerose em diferentes fases de evolução: (1) as placas lipídicas (seta) com predomínio de lipídeos, amareladas; (2) as placas fibrosadas (círculo) que além de lipídeos contém colágeno sobreposto, cor pálida; e (3) as placas calcificadas (cabeça de seta), que além de lipídeos e colágeno, contém depósito de cálcio – calcificação distrófica. As placas lipídicas, amareladas, formadas por depósitos de colesterol e ésteres de colesterol no interstício, são resultantes da lise de macrófagos que estavam cheios de lipídios no seu interior. Com a progressão da lesão, as placas amareladas vão sendo recobertas por tecido conjuntivo fibroso formando a placa fibrosada de coloração pálida e nas áreas acastanhadas há depósito de cálcio caracterizando a calcificação distrófica.

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D) Órgão: Pulmão.

Processo patológico: Enfisema.

Descrição: Fatia de pulmão fixada em formaldeído 10%. Devido a ruptura da parede alveolar, há formação de cavidades maiores do que os alvéolos originais, tornando o parênquima pulmonar um aspecto de “esponja grosseira” que são os espaços alveolares aumentados, com tamanho e formato irregulares (setas), ao invés do aspecto de esponja delicada do pulmão normal. Neste quadro há diminuição de fibras elásticas e colágenas nos septos alveolares. À palpação, há aumento da sensação tátil de crepitação. Os pontos enegrecidos espalhados difusamente pelo parênquima pulmonar, representam a antracose que é depósito de carvão que foi inalado.

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E) Órgão: Rim.

Processo patológico: Hialinose arteriolar.

Descrição: Rim inteiro fixado em formaldeído 10% com tamanho e peso próximos ao normal e de coloração mais pálido. Na superfície externa, há aspecto finamente granular com inúmeras pequenas depressões e saliências. Nas depressões há hipotrofia do parênquima renal, especialmente dos túbulos, acompanhado de fibrose intersticial (aumento de colágeno). Estas áreas sofreram isquemia devido a diminuição da luz da arteríola por depósito de material proteico na íntima (hialinose arteriolar), geralmente secundário a hipertensão arterial benigna que lesa o endotélio.

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